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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo


Fotos capturadas no Aquivo Municipal de Lisboa


Hidrovião amarado (1962) na doca dos Olivais
onde se situou o aeroporto marítimo
(local do actual Oceanário - Expo)


Um dos hidroviões pousado em terra (1962)

O ano de 1938 assinala a construção do aeroporto marítimo de Cabo Ruivo, na Doca dos Olivais destinado à amaragem de hidroviões a par da construção do aeroporto terrestre da Portela de Sacavém, tendo estas obras sido implementadas com uma rapidez inaudita por causa da Exposição do Mundo Português realizada em 1940, prevendo-se a vinda a Lisboa de muitos turistas, o que não aconteceu, não sendo estranho o facto de ter eclodido a 2ª guerra mundial.

Um dos outros motivos que estiveram presentes quanto à sua construção deve-se ao facto  de Portugal ser durante o tremendo conflito, um oásis numa Europa em convulsão, proporcionando os luxuosos Clippers da PAN AM passagem para os famosos e ricos que procuravam a liberdade do outro lado do Oceano, sendo conduzidos para o Aeroporto terrestre da Portela através da então chamada  Av. Entre Aeroportos, coincidente, hoje, com a Av. de Berlim.


Estrada de Ligação Entre Aeroportos 1942-50
Captura do Arquivo Municipal de Lisboa

Estes dois factos tornaram o espaço que foi ocupado pelo Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo, e toda a área envolvente, na actualidade, um dos lugares mais belos de Lisboa, depois de fechada a EXPO'98 (Exposição Internacional de Lisboa de 1988)


 Menino e moço ainda tive a graça de ter assistido à amaragem dos hidroviões, cujo tráfego encerrou na década de 50. Aconteceu isto no tempo em que eu e os da minha igualha, moradores nos Olivais, nos tempos de folga das nossas ocupações da Escola Primária nos deslocávamos em bando para assistirmos ao espectáculo que nos proporcionavam as baleeiras dos formosos hidroviões, que de ambos os lados das asas deixavam na água os caminhos borbulhantes que eram um regalo para os nossos sentidos.


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