O reino dos céus é semelhante a
um tesouro escondido no campo, que um homem, ao descobri-lo, esconde; então,
movido de gozo, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo. Outrossim, o
reino dos céus é semelhante a um negociante que buscava boas pérolas; e
encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e a
comprou. Igualmente, o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e
que apanhou toda espécie de peixes. E, quando cheia, puxaram-na para a praia;
e, sentando-se, puseram os bons em cestos; os ruins, porém, lançaram fora.
Assim será no fim do mundo: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os
justos, e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de
dentes. Entendestes todas estas coisas? Disseram-lhe eles: Entendemos. E
disse-lhes: Por isso, todo escriba que se fez discípulo do reino dos céus é
semelhante a um homem, proprietário, que tira do seu tesouro coisas novas e
velhas. (Mt 13, 44-52)
e encontrei o tesouro que Tu és, Senhor!
E outro imprevisto aconteceu.
Nada foi preciso vender, porque nada foi preciso comprar.
Tu, Senhor, deste-me de graça o Teu Campo,
pedindo-me, apenas, que cultivasse nele
todas as sementes do Amor que me deste.
Depois disto,
para que apreciasse melhor o tesouro
a Tua Palavra pediu-me para cavar mais fundo
por ser preciso descobrir a pérola,
que é o Reino dos Céus e que, igualmente,
não é preciso comprar, porque o dás de graça!
Vejo, porém, que os peixes ruins
da rede espalhada sobre o areal da praia
- também, por Ti, comparada ao Reino dos Céus -
são lançados fora.
Senhor,
permite que cave fundo e que sempre mergulhe
a minha rede nas profundezas do Teu Infinito,
porque me apraz descobrir a pérola escondida
que só Tu trazes com a Tua Luz!
E, do mesmo modo, que a rede do meu barquito
quando chegar, para mim o sol Poente,
te mostre a pesca de que gostas e tenho o dever de Te dar
te mostre a pesca de que gostas e tenho o dever de Te dar
por entre as coisas novas e velhas da vida que me deste!
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