Aquando das últimas cheias ocorridas na na cidade de Lisboa no passado mês de Outubro de 2014, o então Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa e actual pretendente à conquista do lugar de Primeiro-Ministro, nas próximas eleições legislativas, disse esta coisa que soou muito mal em sectores ligados à engenharia hidráulica:
Não existe solução para as cheias em Lisboa
O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, disse hoje
que «não existe solução» para as cheias na cidade, refutando as críticas dos
partidos da oposição que pedem a execução do plano de drenagem.
«O plano de drenagem não faz desaparecer estas situações. A
solução não existe», afirmou hoje o autarca, à entrada para a assembleia
municipal, quando questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de ocorrência
de inundações como as que se registaram na segunda-feira e o impacto que poderá
ter o plano.
Segundo o socialista «não haverá nenhum sistema de drenagem
que permitirá evitar situações deste género», podendo apenas «minimizar» o
problema.
António Costa reforçou ainda que a situação verificada na
segunda-feira nada teve a ver com a falta de limpeza das sarjetas e dos
sumidouros.
Na segunda-feira, PSD, CDS-PP e PCP (com assento na Câmara
de Lisboa) solicitaram a execução do plano de drenagem da cidade, aprovado em
reunião camarária em 2008 e com um prazo de 20 anos, para minorar as inundações
em Lisboa
http://www.tsf.pt/
Nota: O sublinhado do título é nosso.
Da suas explicações dadas publicamente, destacamos:
- O plano de drenagem não faz desaparecer estas situações.
- A solução não existe.
Afinal existia um "plano de drenagem" aprovado em 2008 e que agora, com a mudança da Presidente da Câmara Municipal de Lisboa vai ser implementado com a construção de dois túneis de grane diâmetro que permitem recolher as águas pluviais a montante, no sentido transversal e direccioná-las para escoamento no Rio Tejo em Santa Apolónia e no Beato.
Donde se infere que a afirmação de António Costa - A solução não existe - falha verdadeiramente em todo o sentido, porquanto a solução existe e tecnicamente é possível, pelo que se aplaude o facto de levar à prática uma solução que existia e que pode ajudar a resolver o problema endémico das cheias de Lisboa, porquanto, mesmo que as cheias existam com as marés cheias do Tejo, as águas recolhidas pelos túneis aguardam que a maré baixe e façam escoar no rio os caudais represados.
No mínimo o problema ficará mais suavizado e entre o nada fazer como parece deduzir-se do que afirmou, porque - o plano de drenagem não faz desaparecer estas situações ou a solução não existe - fazer algo para minimizar o problema devia ter sido explicitado.
Esta hipótese nunca poderia ter sido abandonada, como vemos.
Bastou, apenas, mudar o Presidente da autarquia lisboeta.
Esta hipótese nunca poderia ter sido abandonada, como vemos.
Bastou, apenas, mudar o Presidente da autarquia lisboeta.
Pelo que as suas afirmações extremas de não haver solução foram um pontapé no pé e se na altura soaram mal, agora com a publicação da construção dos dois túneis soam a falso, o que para alguém que quer ser Primeiro-Ministro de Portugal, ao debitar frases destas pondo em causa a engenharia hidráulica e a técnica que a sustenta, deixa-nos a pensar se ele merece ganhar as eleições para as quais se candidata, tendo pela frente os mil e um problemas do País.
O povo, porém, é soberano e ditará a sua lei.
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