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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Fujo, ou não?

in, Revista "O Foguetão" de 15 de Junho de 1961
 
 
O náufrago da imagem sou eu.
Cansado das mentiras e jogos políticos, como o da destruição de documentos importantes de trabalho dos contratos "swaps", que segundo a Lei que os rege, de acordo com as recentes notícias deveriam ter ficado após os três primeiros anos, guardados por um período de mais 17 anos num "arquivo intermédio", e desse modo permitir-se a sua consulta durante duas décadas no que respeitava a "swaps" contratados pela Refer, Metro de Lisboa, Metro do Porto e TAP, foi a gota de água que faltava para encher o copo da minha paciência.
Retirei-me para a minha "ilha" disposto a deixar esta parte do planeta chamada Portugal onde, desde há muito tempo, está a faltar a vergonha.
Tive sorte.
Passou uma aeronave extraterrestre e lançou-me a escada para que subisse para bordo.
Fujo, ou não? - pensei.
Mas, vai daí, fiquei a cogitar se merecia a pena.
Fiquei a pensar se naquele "mundo" estranho - como acontece por cá - o velho pensamento de Aristóteles: "A justiça neste mundo é uma teia que apanha os mosquitos, mas deixa passar os pássaros", pela injustiça do tempo, não é lá, também, o pão nosso de cada dia...
E não subi a escada.
Fiquei na minha "ilha" à espera de um tempo melhor em que a teia da justiça  apanhe, como convém a uma sociedade que dizem ser civilizada, não só os mosquitos, mas também, os pássaros e, se possível, para a higienização da "gaiola" os passarões que dão ordens aos pássaros.

 

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