Foto da edição do Jornal "Expresso" de 14 de Julho de 2013
A ser verdade - e nada nos diz que o não seja - a pressão de Passos Coelho sobre o Presidente da República é uma anormalidade que faz parte do rol imenso das diatribes políticas a que, infelizmente, temos assistido, atónitos, como se vivêssemos no melhor dos mundos e não tivéssemos que fazer estancar de uma vez por todas a verborreia oca dos maus líderes partidários que temos.
- PSD e CDS negoceiam mas ameaçam com os mercados.
Por causa das suas tricas os juros da dívida dispararam e já estão nos 8%, mas agora, o PM não se coíbe de fazer pressão sobre o Presidente da República, o que é inadmissível.
Por causa das suas tricas os juros da dívida dispararam e já estão nos 8%, mas agora, o PM não se coíbe de fazer pressão sobre o Presidente da República, o que é inadmissível.
- Cavaco Silva otimista quer acordo numa semana e mantém a ideia de "facilitador" independente.
Bem se sabe que num momento destes só pode haver uma atitude do Presidente: optimismo contra a barbárie insensata que tomou de assalto há muitos meses os Partidos da coligação e o Partido que conta da oposição. O Presidente dá uma semana. É tempo demais para quem nos fez perder tanto tempo. O acordo - para castigo deles - devia ser para amanhã... ainda que não dormissem os que têm tirado o sono aos portugueses que votaram neles. A ideia do "facilitador" independente que o Presidente mantém na mira devia ser ele mesmo, para manter em ordem os que tanta desordem criaram.
Bem se sabe que num momento destes só pode haver uma atitude do Presidente: optimismo contra a barbárie insensata que tomou de assalto há muitos meses os Partidos da coligação e o Partido que conta da oposição. O Presidente dá uma semana. É tempo demais para quem nos fez perder tanto tempo. O acordo - para castigo deles - devia ser para amanhã... ainda que não dormissem os que têm tirado o sono aos portugueses que votaram neles. A ideia do "facilitador" independente que o Presidente mantém na mira devia ser ele mesmo, para manter em ordem os que tanta desordem criaram.
- Seguro não abdica de eleições antecipadas em Junho de 2014.
Seguro não tem dito outra coisa desde a publicação do primeiro anúncio que colocou o PS à frente na sondagem popular - embora sem ter uma maioria segura - agindo com uma gritante falta de respeito democrático por quem assumiu o poder para o exercer durante uma legislatura. Bem sabemos que tem sido "empurrado" pela ala esquerdista e mais radical do PS, esquecida do desastre que foi a governação dos seis anos de José Sócrates, mas isso não abona para a sua imagem política que devia ser mais responsável.
Seguro não tem dito outra coisa desde a publicação do primeiro anúncio que colocou o PS à frente na sondagem popular - embora sem ter uma maioria segura - agindo com uma gritante falta de respeito democrático por quem assumiu o poder para o exercer durante uma legislatura. Bem sabemos que tem sido "empurrado" pela ala esquerdista e mais radical do PS, esquecida do desastre que foi a governação dos seis anos de José Sócrates, mas isso não abona para a sua imagem política que devia ser mais responsável.
- Governo ainda acredita que a remodelação vai passar em Belém.
Cada um acredita naquilo que quiser, mas a remodelação não foi aceite não merece passar. Neste momento impõe-se um governo alargado de "salvação nacional" ou, em contrapartida, um "compromisso" de governação entre as forças partidárias que assinaram o "Acordo de Cooperação" , sobretudo, chamar à colação quem o pediu e o assinou em primeiro lugar: o Partido Socialista, que bem cedo alijou a sua responsabilidade, lançando a semente da discórdia ao arvorar o seu fanatismo político de "eleições, já!"
Manda a verdade dizer - como refere o soneto de Francisco Joaquim Bingre (1) que de nada resulta querer amarrar a discórdia quando ela - tendo feito o mal - tem mil artes para se desligar do mal feito.
Pouco importa amarrar com mão valente
A Discórdia infernal, com cem cadeias,
Que ela tem subtilezas, tem ideias
De saber desligar-se facilmente.
De que serve lançar limpa semente
Em chão infecto, de zizânias feias,
De ervilhacas, lericas, joio, aveias,
Sem os campos limpar primeiramente?
Ninguém, té gora, à ligadura górdia
O nó soube desdar, que o vil Egoísmo
Empata as vazas à geral Concórdia.
Não se pode extinguir o Despotismo,
Nem acabar c'o império da Discórdia,
Sem cortar a raiz do Fanatismo.
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