Gravura publicada pelo jornal "Comédia Portuguesa" de 5 de Maio de 1902
Na época, ar desconfiado do "Zé Povinho" diz muito do que lhe ia na alma ao olhar a estátua e os figurantes, pondo dúvidas ao olhar o pedestal e o ar de importância um político que por "artes e manhas" conseguira subir os degraus da fama até ser entronizado como a monumento alegórico deixava ver, se ele merecia tal honra.
De mãos atrás as costas, o "Zé" fazia perguntas a si mesmo sobre a mais valia daquela personagem, enquanto olhava outras no pedestal do monumento - e segundo o seu alto critério - julgava ver ali, quem merecesse mais a honra de ter subido tão alto.
Se fizermos a comparação com o tempo de agora constatamos uma enorme diferença: se naquele tempo o "Zé Povinho" ainda podia escolher a personagem que mais merecia a honra de ser apresentado ao povo no alto do pedestal, hoje não temos personagens políticas dessas, dada a mediocridade reinante entre velhos e novos.
Nenhum merece estar no pedestal e, muito menos, a honra de ser apresentado como exemplo.
Senão, vejamos, os meus motivos:
Mário Soares (ex-Primeiro Ministro e Presidente da República) porque teve o mesmo problema de endividamento externo e, agora, pressionou António José Seguro para não assinar o "acordo de salvação nacional", indo ao ponto - inconcebível - de o ameaçar com uma "cisão" no PS.
Jorge Sampaio (ex-Presidente da República) porque demitiu o governo maioritário de Santana Lopes - quando percebeu que as sondagens davam maioria a um governo do seu Partido, o PS, e desse modo se tornou o responsável pelo desgoverno de seis anos de José Sócrates e, que agora, também queria derrubado o governo maioritário de Passos Coelho.
O actual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, que deveria ter agido - e não agiu - no tempo oportuno contra o governo de José Sócrates e, que, na tomada de posse do actual governo devia ter imposto como condição o diálogo com o PS.
O actual Primeiro Ministro, Pedro Passos Coelho, por ter descurado de todo o entendimento com o PS, que deveria - por ter assinado o acordo com a "troika" - ter sido chamado a abalizar as suas responsabilidades políticas.
O actual Ministro de Estado e Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas pelo acto leviano de ter pedido uma demissão "irrevogável" que ele mesmo veio a revogar...
Doutros, como Manuel Alegre - que pena meu caro Poeta - não merece a pena falar, porque ele disse tudo na quadra intitulada "Portugal" onde, às escâncaras, o seu pensamento de Pátria é o de uma nau aos ventos errantes e não o de uma nau com porto de partida e de chegada, como é Portugal, tão necessitado de se reencontrar - não no verbo "achar" mas no verbo "estar" - porque estamos aqui e é daqui que temos de dizer ao Mundo que já chegamos aqui há muito tempo...
Senão, vejamos, os meus motivos:
Mário Soares (ex-Primeiro Ministro e Presidente da República) porque teve o mesmo problema de endividamento externo e, agora, pressionou António José Seguro para não assinar o "acordo de salvação nacional", indo ao ponto - inconcebível - de o ameaçar com uma "cisão" no PS.
Jorge Sampaio (ex-Presidente da República) porque demitiu o governo maioritário de Santana Lopes - quando percebeu que as sondagens davam maioria a um governo do seu Partido, o PS, e desse modo se tornou o responsável pelo desgoverno de seis anos de José Sócrates e, que agora, também queria derrubado o governo maioritário de Passos Coelho.
O actual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, que deveria ter agido - e não agiu - no tempo oportuno contra o governo de José Sócrates e, que, na tomada de posse do actual governo devia ter imposto como condição o diálogo com o PS.
O actual Primeiro Ministro, Pedro Passos Coelho, por ter descurado de todo o entendimento com o PS, que deveria - por ter assinado o acordo com a "troika" - ter sido chamado a abalizar as suas responsabilidades políticas.
O actual Ministro de Estado e Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas pelo acto leviano de ter pedido uma demissão "irrevogável" que ele mesmo veio a revogar...
Doutros, como Manuel Alegre - que pena meu caro Poeta - não merece a pena falar, porque ele disse tudo na quadra intitulada "Portugal" onde, às escâncaras, o seu pensamento de Pátria é o de uma nau aos ventos errantes e não o de uma nau com porto de partida e de chegada, como é Portugal, tão necessitado de se reencontrar - não no verbo "achar" mas no verbo "estar" - porque estamos aqui e é daqui que temos de dizer ao Mundo que já chegamos aqui há muito tempo...
O teu destino é nunca haver chegada
O teu destino é outra índia e outro mar
E a nova nau lusíada apontada
A um país que só há no verbo achar
(in, "Chegar Aqui")
E mais não digo.
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