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quarta-feira, 17 de abril de 2013

A Pátria de burro!




Gravura do Jornal "O Thalassa" de 3 de Abril de 1913



A  Pátria - que na gravura prefigura o colectivo que somos - monta um burro, embora merecesse uma montada mais nobre.
Mas, se atentarmos nos tempos hodiernos, onde, parece, se perderam num nevoeiro selvagem os nobres cavaleiros que sem ademanes ou falsas cortesias eram exemplos para o povo, não se pode levar a mal que um de nós - daqueles que ninguém conhece - apareça montado num burro, exibindo na frente do peito uma tarja com o nome: PÁTRIA para mostrar o seu desprezo pelos que deviam ser garbosos cavaleiros montados como devia ser e, não, como acontece, serem todos parecidos com os burros pelos coices que dão, não dando o exemplo da cortesia por entre as diferenças, como devia acontecer, se fossem cavaleiros exemplares.
E a Pátria que se lixe, se me é permitido este eufemismo.
Basta, para tanto, olhar o que se passa à nossa volta, onde os que se deviam comportar de acordo com o voto recebido do povo que neles confiou, sonhando vê-los montados em puros sangues lusitanos - que são garbosos cavalos de raça -  e, não, vê-los montados nas burrices das suas teimosias,
Por esse motivo que ninguém se espante, se alguém farto de os aturar, monte um burro e venha dizer para quem os quiser ouvir, alto e bom som, que A PÁTRIA se exibe assim montada para demonstrar que eles são teimosos como o animal em que a PÁTRIA se monta neste tempo em que acabaram os cavalos de raça.



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