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sexta-feira, 8 de junho de 2018

Mais ninguém há-de gozar com o sentido do meu voto!


DECLARAÇÃO

Eis o artigo da Constituição da República Portuguesa que permitiu que António Costa - que se apresentou às eleições do dia 4 de Outubro de 2015 não coligado com qualquer força ou forças políticas - viesse a formar Governo, tendo o seu partido - o PS - perdido as eleições, usando de um ardil transformado num acto contra o que era usual desde as eleições de 25 de Abril de 1976 que dava o governo ao partido ganhador:

Artigo 187.º

1. O Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais.

Em minha opinião, a atitude de António Costa - e os partidos que se coligaram com ele no pós-eleições foi um acto indevido e devia ter sido considerado inconstitucional, pois retirou a governação a uma coligação - PaF - de Passos Coelho e Paulo Portas, que se apresentou legalmente ao povo antes do acto eleitoral.

Assim, estes senhores com pouca lisura "pasaram a perna" ao direito e fizeram valer o "seu direito" contra tudo o que era expectável dentro das normas até então respeitadas, pelo que, pessoalmente, para que me possa reconciliar com a Constituição - que não deve permitir "alçapões" como este - das duas, uma:

Ou o artigo 187º da Constituição da República Portuguesa é emendado para:
  • Governa o partido ganhador das eleições, ou:
  • O conjunto de partidos coligados antes das eleições.
Porquanto, a não ser assim, tendo em conta que ao legislador nunca lhe passou pela cabeça que viesse a acontecer a artimanha usada por António Costa em 2015 - que de perdedor se tornou vencedor - eu,


um velho de 82 anos, jamais deixarei que gozem de novo com o sentido do meu voto.

Chega de embustes!
Chega de jogos de sombras!
Chega de trapaças!
Chega - em português popular - de "xicos-espertos!


Se não haver emenda constitucional, deixarei de votar.

sábado, 2 de junho de 2018

"Bateu-me um dia a tristeza"...


in. Jornal "A Canção e Portugal"
Ano I - nº 40 - 31 de Dezembro de 1916

"Ai! Quem me dera, senhora,...



Uma história com sentido...


OS BENS QUE MANDAMOS PARA O CÉU 
(Paráfrase de uma história conhecida)


Havia um homem rico, dono de Empresas e de grandes propriedades que não temia Deus e primava pela sua soberba e pelos modos desabridos como tratava os seus empregados e entre eles o seu motorista.

Este era um homem humilde, cordato, bem educado e que espalhava o bem que tinha por onde passava.

Aconteceu que o motorista morreu e ao chegar ao Céu, S. Pedro recebeu-o e conduziu-o à sua morada.
Era uma casa grande e muito bonita.

- Aqui tens!...
- Mas isto é para mim?
- É - responde S. Pedro. – Como mandaste para cá muitos e bons materiais, os pedreiros do Céu construíram para ti esta casa grande.

Morre, tempos depois, o seu patrão.
Chega ao Céu e S. Pedro diz-lhe:

- Acompanha-me. Vou mostrar-te a tua morada.
De caminho, aquele patrão encontra à porta do seu palácio o seu antigo motorista.
Cumprimenta-o e pensa:
- Bom. Se este que era um pobretanas e vivia numa casa humilde, certamente, a minha casa é enorme. Um grande palácio.

E caminhava todo vaidoso, até que num certo ponto do percurso, S. Pedro parou e apontou-lhe a sua morada no Céu.

- Aqui tens.
- Mas isto é uma barraca…
- Pois é… e sabes porquê?
- Não. Não sei.
- È que aquele que tu cumprimentaste mandou para cá muitos materiais de tanto valor que Deus os apreciou tanto que lhe deu a recompensa, enquanto tu te esqueceste de mandar os materiais que podias e devias ter feito enquanto viveste.
- Oh! Senhor… mas eu gostava de ter uma casa, ao menos como a do meu motorista…
- Não pode ser. É que nós, cá no Céu só trabalhamos com aquilo que recebemos e de ti não recebemos nada… 

Caminho com Deus!

Até no horizonte mais fundo, os carris na saída, 
têm a mesma distância!

CAMINHO COM DEUS
            Estreita-se o caminho,
mas com Deus no caminho é sempre larga 
               a porta da saída!

Eu sigo com Deus
que me deu seu Caminho!
Com Ele não sigo em vão,
nem vou sozinho!

Olho de frente
p´ró  caminho da vida
e nada me atormenta
pois vejo sempre larga
a porta da saída!

Viver é ter presente
o ponto de partida.
Não vivendo com Deus
é que nós estreitamos
o caminho da vida!

Conforta-me saber
que Ele me dará
na minha saída,
a largura da porta
por onde entrei, um dia,
ao encontro da vida!

"O Suave Milagre!


Fac-símile da Revista ATLANTIDA
Órgão do Pensamento Latino no Brasil e em Portugal
publicado entre os anos de 1915 a 1920
Ano III -.nº 32

quinta-feira, 31 de maio de 2018

"Evocação" - Um poema de Mário Beirão


Fac-símile da Revista ATLANTIDA 
Órgão do Pensamento Latino no Brasil e em Portugal
publicado entre os anos de 1915 a 1920
Ano IV - Vol. XI . nº 41

"Transformismo"



Fac - símile captado do nº 4
da "Revista de Sciencias e Lettras" publicada entre 1880 e 1881 na cidade do Porto

quarta-feira, 30 de maio de 2018

"Igualas em perfeição"...



"As árvores" - Um poema de Leite de Casconcelos



Fac - símile captado do nº 1 
da "Revista de Sciencias e Lettras" publicada entre 1880-81 na cidade do Porto


Quadro de honra!


in. Jornal "i" de 30 de Maio de 2018
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Os nomes nesta reprodução ficaram pequenos... 

Mas eles são os nomes maiores 
do Parlamento de Portugal. 

Um Parlamento por demais politizado e por de menos esclarecido quanto a uma matéria sobre a vida humana que a letra da Constituição - artigo 24º - nº1 - diz ser inviolável,  logo a coberto de qualquer violação e, portanto, merecedora de defesa de um Estado que se demite quando consente que uma qualquer pessoa a viole, seja qual seja o seu estado de saúde, quando ao invés dos proponentes da aprovação da EUTANÁSIA, devia competir ao Estado, enquanto poder executivo, a defesa da vida até à sua morte natural.

Eis, porque, este QUADRO DE HONRA merece ser enaltecido!

Para que conste e seja uma réstia de luz em cima da sombra que ontem - dia 29 de Maio de 2018 - pairou sobre a Casa da Democracia, onde as leis se deviam fazer ao encontro ao pulsar maioritariamente aferido do sentir do povo ali representado e não - como os proponentes da lei quiseram que acontecesse - sem terem medido com a necessária amplitude social que se impunha, a lei que propuseram à discussão.

Aprendam, senhores deputados do SIM canhestro e anti-constitucional!
Aprendam a respeitar o sentido antropológico da vida humana!

Ontem, na Assemnbeia da República aconteceu uma trampolina


Da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.

Significada de trampolina:
  • Dito ou acto de trampolineiro
  • Embuste.
  • Trapaça.
  • Velhacaria.
  • O mesmo que trampolinagem, trampolinada e trampolinice.
E para situar o termo na linguagem, é citada uma passagem do romance de Camilo Castelo Branco "A Filha do Doutor Negro" no cap 14, pág. 144: "... quanta hipocrsia e amor de trampolina não são necessários para levantar a questão das raças..."

Vem tudo isto a propósito do que aconteceu ontem na Assembleia da República e que - por agora - a maioria dos deputados chumbaram a aprovação da EUTANÁSIA, discussão levada ao plenário mercê de uma trampolina dos grupos parlamentares do Partido Socialista (PS), do Bloco de Esquerda (BE) e dos Verdes (PEV).

Porque aconteceu uma trampolina?

Simplesmente, porque estes partidos nas eleições do passado dia 4 de Outubro de 2015 não inscreveram nos seus programas eleitorais o assunto da EUTANÁSIA como um desiderato programático a discutir na Legislatura em curso, e portanto, todos eles, cometeram um acto de trampolineiros, de embusteiros, de trapaceiros e, por último de velhacos, ou seja, de traição às camadas do povo que votou neles agindo numa marotice calculada, porquanto, não informaram de tal assunto os seus eleitores.

Eu bem sei que da próxima vez, tendo em conta uma maioria parlamentar - o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda - vão inscrever este assunto nos seus programas e, naturalmente, vão fazer passar a lei, porque são maus perdedores e o que lhes está na cabeça-política é a liquidação da vida sob a validação da lei, em vez de cuidarem dela com os novos avanços da Medicina legal até à sua morte natural, o que implica uma maior despesa do poder executivo que representa o Estado, com mais camas para atender aos cuidados paliativos.
  • Será que os mais velhos por terem deixado de ser úteis para a Economia da Nação, arcando com doenças graves ou incapacitantes, embora com o seu consentimento venham a violar o a artigo da Constituição que diz que a vida humana é inviolável, são pessoas a descartar?
  • Mas não cumpre ao Estado defender a Constituição da República e, portanto, não ajudar a que a Lei seja violada?
Claro que cumpre, porque se qualquer cidadão violar as leis vigentes, de caminho o Estado através dos Tribunais fá-lo pagar pelo seu desmando, razão que nos leva a admitir que não pode o Estado ajudar a violar uma Lei Fundamental da Constituição da República - como é a defesa da vida considerada inviolável pelo Legislador -  e  cujos ministros, em funções, na tomada de posse dos seus cargos juraram defender.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Esta é a verdade nua e crua... doa a quem doer!



Fac-símile parcial de um artigo da Revista de Ciências e Letras "O PANTHEON" 
que se publicou nos anos de 1880 e 1881 
sob a responsabilidade de Leite de Vasconcelos e Mont'Alverne de Sequeira
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Asisadamente, o autor do "fac-símile" acima reproduzido que foi publicado sob o título: "As Transformações Sociais", na parte final do texto chamava a atenção para as transformações da sociedade, advogando que elas "só se tornam evidentes quando a ideia inicial tem conquistado um número extraordinário de adesões. quando a mudança, preparada pouco a pouco, está iminente, ou já é indispensável, porque as fórmulas existentes não satisfazem as necessidades públicas"...

Vem a isto a propósito, porque cabe com toda a acuidade na lei iníqua sobre a Eutanásia que amanhã se vai discutir na Assembleia da República a partir da iniciativa das bancadas do PS+BE+PAN+PEV, que deviam ser os próceres da Nação e que por si mesmos se tornam mesquinhos, arvorando-se em grandes conhecedores de um tema de tal monta que devia ter merecido mais cuidado e uma maior aferição do pulsar da sociedade como aconselhou Teixeira Bastos, ao chamar a atenção para a sociedade do seu tempo que então vivia uma Monarquia Constitucional em declínio, a precisar de homens melhores e mais sábios para poderem fazer as reformas que o tempo impunha.

São estes homens sábios que nos continuam a fazer falta 140 anos depois, porque o povo que somos continua a eleger para o Parlamento homens necessitados de mais cultura no campo da antropologia humana em todas as suas dimensões e não estes - que se a têm a escondem - e que, numa farronca sem sentido, se propõem substituir-se ao povo que nem sequer foi auscultado nas suas Instituições civis e religiosas tendo em conta a lei que amanhã vai ser discutida na AR, ou seja ao contrário do que o bom senso impunha - como em 1880 propunha Teixeira Bastos - só deviam ter chegado a esta meta se se sentisse na ordem social uma mudança generalizada de atitude perante a retirada da vida a um ser humano, fosse qual fosse o seu sofrimento.

Não aconteceu isto com os que se propõem fazer aprovar a EUTANÁSIA, porque eles, arrogantemente, ao invés de sentirem que o povo devia estar "mais avançado do que as suas instituições"... são eles que avançam sem o ouvir, ou seja, usando uma democracia-ditatorial.

Depois de ler em "O PANTHEON" o artigo referido, concluo que nada aprendemos de Humanidades e estamos a caminhar para a barbárie, sem honra, sem moral e sem ética, embora sejamos mais cultos, mais conhecedores do Mundo, mas menos conhecedores da alma e do sentir humanos, porque no conjunto do tecido humano que somos, muitos de nós, desprezaram estes dois vectores para pôr a render aquele que aponta para uma Economia de Mercado que esquece os mais fracos e em vez de cuidar deles, está a criar leis para os liquidar.

Esta é a verdade nua e crua... doa a quem doer!

sábado, 26 de maio de 2018

EUTANÁSIA? - Não mates, cuida!


in, "Effathá"
Boletim Semanal da Paróquia de Nossa Senhora do Amparo de Benfica
ano 2 nº 120 - Domingo da Santíssima Trindade - 27/05/2018

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A "Federação Portuguesa pela Vida" tendo como lema "Toda a Vida tem Dignidade" vai organizar uma concentração de apoiantes
 no próximo dia 29 de Maio, dia em que na Assembleia da República muitos dos deputados que elegemos para cuidar da vida dos portugueses, especialmente dos que ajudaram com o seu exemplo a manter viva a chama de Portugal à luz da honra e da moral - que não conhece credos religiosos - agora que a vida se esfuma, para pedir aos detentotes do poder executivo no momento em que estes se predispõem para lhe dar, numa troca - embora a pedido - uma "morte assistida" em vez dos cuidados paliativos que lhe haviam de dar até ao último suspiro a dignidade de morrer.

EUTANÁSIA? - Não mates, cuida!

As palavras do cartaz são - como se quer - um modo conspícuo de chamar à atenção para as consciências dos que se deixam embarcar nesta moda importada de uma Europa acéfala e por demais cheia de vícios amorais, infractores e desrespeitadores de um Deus que passa, cuja doutrina, alguns - que são já muitos milhares - meteram no caixote do lixo das mentes distorcidas que fazem da vida humana um crédito valioso, mas apenas, enquanto são úteis para um Economia global que erigiu um novo "bezerro de ouro", um ídolo, à semelhança do que fez o povo de Israel ao convencer Arão a adorá-lo quando Moisés subiu para o Sinai para ali receber os dez Mandamentos da Lei de Deus.


EUTANÁSIA? - Não mates, cuida!

Cuida é o que é pedido e não erijas o dinheiro num novo "bezerro de ouro", porque a sociedade - seja qual seja - tem o dever de honrar a vida dos seus cidadãos enquanto a vida existir, mesmo aquela vida apagada, porque houve nela a chama estuante de uma vida plena que foi útil - ou não o tendo sido por vários motivos - mas tem de merecer o respeito e cuidados da sociedade, e deixa de viver em troca de um consentimento captado numa hora de declínio e em que a mente se deixou aquietar numa languidez que parece um prenúncio final, não o sendo.
A lei é esta: 

Ninguém tem o direito de se matar a si mesmo e a ninguém pode ser concedido o direito de acabar  - ainda que consentida - com a vida do seu semelhante.

Não vale a artimanha que está construída, porque nem tudo o que é decorrente da lei do legislador é legal perante a Lei da Vida que tem nascimento e morte até ao derradeiro instante da vida que de modo algum deve ser abreviada. 
Eis, porque, estas cogitações que faço me levaram à leitura desse célebre Poema de António Feijó, em que no seu "Hino à Morte" ele a chama de EUTANÁSIA e isso, eu percebo e advogo.

Hino à Morte

Tenho às vezes sentido o chocar dos teus ossos
 E o vento da tua asa os meus lábios roçar;
 Mas da tua presença o rasto de destroços
 Nunca de susto fez meu coração parar.

 Nunca, espanto ou receio, ao meu ânimo trouxe
 Esse aspecto de horror com que tudo apavoras,
 Nas tuas mãos erguendo a inexorável Fouce
 E a ampulheta em que vais pulverizando as horas.

 Sei que andas, como sombra, a seguir os meus passos
 Tão próxima de mim que te respiro o alento,
— Prestes como uma noiva a estreitar-me em teus braços,
 E a arrastar-me contigo ao teu leito sangrento...

 Que importa? Do teu seio a noite que amedronta,
 Para mim não é mais que o refluxo da Vida,
 Noite da noite, donde esplêndida desponta
 A aurora espiritual da Terra Prometida.

 A Alma volta à Luz; sai desse hiato de sombra,
 Como o insecto da larva. A Morte que me aterra,
 Essa que tanta vez o meu ânimo assombra,
 Não és tu, com a paz do teu oásis te terra!

 Quantas vezes, na angústia, o sofrimento invoca
 O teu suave dormir sob a leiva de flores!...
 A Morte, que sem dó me tortura e sufoca,
 É outra, — essa que em nós cava sulcos de dores.

 Morte que, sem piedade, uma a uma arrebata,
 Como um tufão que passa, as nossas afeições,
 E, deixando-nos sós, lentamente nos mata,
 Abrindo-lhes a cova em nossos corações.

 Parêntesis de sombra entre o poente e a alvorada,
 Morrer é ter vivido, é renascer... O horror
 Da Morte, o horror que gera a consciência do Nada,
 Quem vive é que lhe sente o aflitivo travor.

 Sangue do nosso sangue, almas que estremecemos,
 Seres que um grande afecto à nossa vida enlaça,
— Somos nós que a sua morte implacável sofremos,
 É em nós, é em nós que a sua morte se passa!

 Só então, da tua asa a sombra formidável,
 Anjo negro da Morte! aos meus olhos parece
 Uma noite sem fim, uma noite insondável,
 Noite de soledade em que nunca amanhece...

 Só então, sucumbindo à dor que me fulmina,
 A mim mesmo pergunto, entre espanto e receio,
 Se a tua asa não é dum Anjo de rapina,
 Se eu poderei em paz repoisar no teu seio!

 Inflexível e cego, o poder do teu ceptro
 Só então me desvaira em cruel agonia,
 Ao ver com que presteza ele faz um espectro
 De alguém, que há pouco ainda, ao pé de nós sorria.

 Mas se nessa tortura, exausto o pensamento,
 Para ti, face a face, ergo os olhos contrito,
 Passa diante de mim, como um deslumbramento
 Constelando o teu manto, a visão do Infinito.

 E de novo, ao sair dessa angústia demente,
 Sinto bem que tu és, para toda a amargura,
 A Eutanásia serena em cujo olhar clemente
 Arde a chama em que toda a escória se depura.

 É pela tua mão, feito um rasgão na treva,
 Que a Alma se liberta, e de esplendor vestida
— Borboleta celeste, ébria de Deus, — se eleva
 Para a luz imortal, Luz do Amor, Luz da Vida!

António Feijó, in 'Sol de Inverno'

A morte - mas a morte natural - devia ser assim: "A Eutanásia serena em cujo olhar clemente" como diz o Poeta na penúltima quadra, a vida se devia finar no momento em que "a Alma se liberta" para voar "ébria de Deus", - não como obra de uma lei humana sem sentido - mas em obediência à Lei Eterna de Deus que deu vida a toda as criaturas e as chama "ébrias" do seu Amor quando soltaram os últimos suspiros de vidas que se finaram por elas e não por arremetidas iníquas de um decreto humano.

Para este famoso livro vai uma saudade muito grata!



Pág. 28 e 29 do Livro do Livro de História de Portugal 
que encantou os meus primeiros anos de estudante
(Captação de "O Leme" com a devida vénia)
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O Condado Portucalense foi a matriz que deu origem à fundação do Reino de Portugal, algo que não é novidade - porque todos o sabemos - mas lembrar este acontecimento histórico nunca é demais, sobretudo neste tempo em que a portugalidade anda por demais arredia do ensino pátrio, quando devia ser nela que devia assentar o ensino das primeiras camadas da nossa juventude.

Nesse aspecto eu fui um privilegiado, porque no meu tempo até as capas dos livros escolares despertavam a atenção para o conteúdo das suas leituras - como esta - em que a casa editora pôs todo o amor que lhe merecia o contexto deste famoso livro da História de Portugal, onde o texto se confundia com as gravuras e me deram ambas as coisas o carinho que me tem acompanhado ao longo da vida.

Para este famoso livro vai uma saudade muito grata!

"O Olhar da Consciência"


Fac-símile da Revista "Scientifica e Literária" 
(Coimbra) nº 1 - Dezembro de 1880

sexta-feira, 25 de maio de 2018

O livre-pensador...



O livre-pensador do tempo hodierno chama-se António Costa e é chefe do governo de Portugal...

Na abertura do 22º Congresso dos seu partido, disse hoje, que aprovar a eutanásia é um "alargamento da liberdade", assim como foi a legalização do aborto a que ele e outros da sua igualha chamam enfaticamente (interrupção voluntária da gravidez), bem como a "legalização do casamento e adoção de pessoas do mesmo sexo".

Liberdade ou libertinagem de pensamento?

Cada um, de facto é livre de dizer as palavras fracturantes de que é capaz, sem pudor nem respeito com a matriz deste histórico País e do seu povo, mas fazê-lo assim deste modo que se assemelha ao espírito do "livre-pensador" que em matéria religiosa age segundo a sua razão e, logo, sem obediência ao dogmatismo espiritual e ancestral desta Pátria que caldeou heróis vinculados a crenças imateriais, que de todo escapam a quem pensa e diz, sem rodeios, o que a sua razão ordena, como aconteceu, agora, com António Costa.

A eutanásia, pare ele é "um alargamento da liberdade"...

Não admira, porque para António Costa, alargar a liberdade, também aconteceu logo a seguir às eleições de 4 de Outubro de 2015, em que ele, para se guindar ao poder que não conquistou, alargou - com a sua razão o direito de o ser - acabando com a tradição que vinha de trás em que o poder era dado ao ganhador das eleições.

Como velho que sou, é verdade, que me sinto ultrapassado pela sociedade que vou deixar, um dia destes, mas enquanto Deus me der alento - sem ofender ninguém que não seja manifestar o meu desacordo, que penso, não é ofensa nenhuma - não posso deixar, sem violentar a minha consciência, que este "alargamento de Liberdade" passe sem a minha crítica, porque se pretende fazer uma lei contrária à natureza humana.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Sim. Estes deuses, politicamente, não merecem o meu respeito!


Da Constituição da República Portuguesa:

TÍTULO II
Direitos, liberdades e garantias
CAPÍTULO I
Direitos, liberdades e garantias pessoais
Artigo 24.º

Direito à vida
1. A vida humana é inviolável.

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Porque eles não sabem eu explico: O termo - inviolável - quer dizer, de acordo com a Grande Enciclopédia Portuguesa e .Brasileira,  vol  13 - pág. 996, que:
  • Não é violável.
  • Que não se pode infringir.
  • Que não se pode ou se não deve violar.
  • Que não se pode atacar.
  • Que está  ou deve estar ao abrigo de qualquer perseguição ou violência.
Tomo como base para a estufefacção que sinto o facto dos partidos políticos (BE+PAN+PEV+PS) em exercício na Assembleia da República terem proposto para o dia 29 de Maio de 2018, a discussão dos seus projectos que tendem a legalizar a "morte medicamente assistida" um eufemismo que eles arranjaram para definir A EUTANÀSIA, ou seja, a morte humana.
  • Mas, então, que cabeças são estas que se propõem violar o nº 1 do Artigo 24º da Constituição da República Portuguesa que tanto dizem defender
  • Mas, então, que cabeças são estas que sem estarem mandatados se propõem levar à discussão parlamentar (para lamentar) um assunto destes?
  • Quem ouviram?
  • Em que ciência médica se radicam os seus conceitos?
Ninguém. 
Não ouviram ninguém que não seja a "falta de miolo" que os norteia numa questão fracturante do sentir mais genuíno da alma lusitana para levar em frente este atropelo moral e ético que pretendem aprovar, como se fossem senhores de um tempo de vida de que não são senhores, porque a duração da vida humana não pertence ao humano, mas à imaterialidade de um destino traçado desde o princípio com conta e medida, com espaço e tempo.

Espanta-me a ligeireza do Partido Socialista ter embarcado nesta aventura, com total desrespeito pela letra da Constituição que aprovou e jurou defender, porquanto aos seus companheiros acidentais, tal se não pode pedir porque para eles, fracturar a sociedade faz parte o seu "modo de vida".

Meus senhores: não me mereceis qualquer respeito.
Nem vós, os promotores desta falta de respeito pela vida humana, como todos os outros deputados de outras bancadas que vos venham a acompanhar neste distúrbio social, porquanto , se o direito à vida, fez que o legislador tenha escrito "preto no branco" que - A VIDA HUMANA É INVIOLÁVEL - é inadmissível que "passem a perna" a este preceito constitucional para fazerem valer a vossa diatribe, ou será que a Constituição não é a que foi aprovada e está em vigor, sendo letra morta para estes senhores?

E eu que pensava como diz a letra da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira que tudo aquilo que é inviolável estava "ao abrigo de qualquer perseguição ou violência"?

Afinal, não está, porque estes senhores - os promotores e os que os vierem a apadrinhar - são "perseguidores" e quando preciso for agem com "violência" conta este povo inerme e mal informado a quem no momento das eleições pedem o seu voto, para nas suas costas agirem a seu belo prazer.

Penso nisto e vem-me à lembrança o velho e sempre actual conceito de Santo Agostinho de Hipona que diz assim:"Ama os homens mas combate os seus erros", para dizer  que me cumpre fazer o mesmo e é, por isso, que do ponto de vista humano estimo estes homens e mulheres esquecidos da Verdade de Deus - que nos diz que diz que só a Ele compete definir o tempo de cada vida humana - para lhes dizer, que politicamente, nenhum homem ou mulher que advogam esta "lei" e a vai votar afirmativamente merece o meu respeito.

Sim. Estes deuses, politicamente,  não merecem o meu respeito!

quarta-feira, 23 de maio de 2018

"O maior cego é todo aquele que não quer ver"...



Ditado muito antigo e verdadeiro, diz o povo que  "o maior cego é todo aquele que não quer ver" e, neste caso um dos "cegos" é o Ministro das Finanças de Portugal, que mercê das cativações que tem feito na área da saúde, é o alvo a atingir por Bruxelas nesta "caixa" do jornal ECO, de hoje, em que é dito que "a Comissão Europeia aponta para os atrasos nos pagamentos dos hospitais, para assinalar que o planeamento orçamental é fraco em sectores como o da saúde", o que não admira pelas cativações que fez no ano de 2017, pelo que, quanto a mim, o maior "cego" é o Primeiro-Ministro, António Costa, seguido por ele e pelo Ministro da Saúde que nada tem feito para contrariar o "apertar do cinto" imposto a "ferro e fogo" por Mário Centeno.

São "cegos" ou jogadores políticos?

São jogadores políticos, porque - graças  a Deus têm os olhos bem abertos -  mas esse problema de ser fraca a política do governo "em sectores como o da saúde" só o povo é que vê o que se passa... e, pelos vistos, Bruxelas.

Coisas do défice... é, não é?
E a saúde dos portugueses, onde ficou nestas contas?
Para trás... para trás demais e isso é imperdoável, pelo que, este governo que acoitou desde sempre, politicamente, o Dr. António Arnaut - criador do Serviço Nacional de Saúde (SNS) - ora falecido, devia honrar a sua memória com obras de substânciae deixar de o pôr em causa com as diatribes das cativações que sobre ele tem feito, a ponto de Bruxelas de lhe dar este "puxão de orelhas", porque com este governo a saúde ficou doente.

domingo, 20 de maio de 2018

Quatro purezas!



Uma foto e as suas quarto purezas!

Assim se poderia chamar este instantâneo fotográfico em que na sua quietude o que ele nos oferece é algo que devia ser uma lição para o homem que com a excepção da cor do azul de um céu sem mancha, tudo o resto é obra das suas mãos, como sejam as três cores que resultam do seu labor: o verde da roseira, as rosas vermelhas e o branco imaculado de uma parede.

São quatro purezas e se, na cor azul do céu o homem não interfere, as restantes estão ali postadas para lhe dizer como era bom que as suas atitudes perante a vida pessoal e social fossem pautadas pela pureza daquelas cores que são obra sua, mas esquecida nas cores cinzentas como, por demais, se pinta a vida por onde passam tantos dos nossos passos!

Uma foto e as suas quatro purezas!

Que elas sejam motivo para todos os homens - a começar por mim - para que reaprendamos a viver mais com o coração de criança que todos tivemos e embalou de cores puras a nossa infância, não esquecendo que todo o homem é uma criança que cresceu em obediência à ordem natural da biologia humana.