Autor Desconhecido
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Não
cortes relações com o mundo.
Aceita
-o.
E se
puderes, molda-o um pouco
Porque
todos os homens são feitos de barro!
O
pior que nos pode acontecer é o isolamento.
Se
cortamos as relações com a vida e nos falece o dever de a moldar um pouco que
seja em cada dia por termos sido criados para o estabelecimento de
comunidades deixamos cair o propósito divino e passamos a comportar-nos contra
nós mesmos.
Ou
seja, quando as criaturas se barricam nas suas próprias ilhas tornam-se
distantes e selvagens quando a atitude mais inteligente - de acordo com a
condição humana - deve ser sempre a aceitação do mundo, com todos os seus males
e, também, com todas as suas virtudes.
Aceitar
o mundo tal com ele é consiste em ter para com ele a atitude do amor de Deus
por todas as criaturas vendo-O espelhado em cada uma delas.
É,
daí, que devemos partir para o moldar, colocando a espiritualidade da natureza
humana ao serviço da vida concreta que passa ao nosso lado tantas vezes a
reclamar de cada um de nós uma atenção diversa daquela que lhe damos.
Moldar
o mundo não é tarefa impossível.
Está
ao nosso alcance.
Basta
que cada pessoa assuma a capacidade
humana que cada uma tem de poder amar a outra transpondo para ela a chama do
amor de Deus que é um fogo inextinguível.
Procuremos
por este motivo todas as criaturas isoladas que conheçamos.
E
vamos depois até elas com determinação porque as ilhas perdem quase sempre o
hábito de lançar novos caminhos e novas pontes.
Precisam
de todos quantos não se tornaram ilhas, e sabem que é sempre
possível moldar a vida quando se transformam as pessoas, centrando-as com o
oleiro divino, que assim as fez a partir do barro da terra.
Que
a minha e a tua atitude aprenda a ter a arte do Mestre-Oleiro da Criação da
vida e Ele ponha no nosso pensamento o amor necessário que leve as nossas mãos
a acariciar uns certos barros
desajeitados que andam por aí...
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