RAÍZES
Provenho de uma gente
E de um povo
Que para seguir em frente
Do velho moldou o novo...
Provenho do culto antigo
Que entre as alvas penedias
Fazia crescer o trigo
E até os próprios dias...
Provenho da raça dura
Das gentes da Serra, sadias,
Que matavam a’margura
Com as poucas alegrias!
Provenho das suas raízes...
Daquelas que iam ao fundo
Beber a força da vida.
Provenho daí, dos matizes
De uma vivência sofrida
Na terra dura de antanho...
Como se houvesse outro mundo
No povo de onde venho
Que da força que guardou
Fez com amor o presente
Sem matar o que passou!
E é esta viva lembrança
Terna, firme e comovida
Que trago desde criança
E levo ao limite da vida!
(De um livro a publicar sob o título VELA AO VENTO)
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