Minha religião consiste em humilde admiração do espírito
superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em
nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional na
presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível
universo, é a ideia que faço de Deus.”
Albert Einstein
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Li várias vezes este conceito do grande cientista e fiquei interiormente agradecido à sua lembrança humana, porque neste passo, sem se afirmar um crente incondicional em Deus, nos deixa da sua magnificência um retrato de corpo inteiro, porque sabia que na sua admiração - ele que era um sábio ajoelhou o seu espírito ante o Espírito superior que lhe animava a vida - deixando perceber que só por Ele era possível operar-se no Mundo a grande revolução das mentalidades em que os espíritos "frágeis e incertos", como diz Einstein, se sintam rendidos a um "poder racionalmente superior" .
Falta, pois, operar no Mundo a revolução das ideias, conduzindo-a ao aceitamento da verdade em que se entenda a necessidade de fazer que a ideia siga as coordenadas estabelecidas desde a Criação do Mundo, em que a ordem das coisas naturais estabelecidas pelo Ser "racionalmente superior" tenham a primazia sobre as coisas em ordem à vontade de cada um, não esquecendo o homem que a ordem poderosamente revolucionária se operou num tempo longínquo perdido na noite dos tempos, muito longe da ordem estabelecida em qualquer das muitas revoluções políticas operadas pelos homens, mas na revolução silenciosa das ideias que Deus operou no momento em que se tornou presente no Mundo.
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