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terça-feira, 18 de setembro de 2018

"O Anjo da Vitória" do Obelisco da Guerra da Restauração (Praça dos Restauradores)



Por detrás do "Anjo da Vitória" assinala-se um data: 17 de Junho de 1665
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Aconteceu ontem.

Enquanto esperava na Praça dos Restauradores o meio de transporte para a minha residência, mais uma vez fixei os meus olhos naquele formidável obelisco, onde ressaltam figuras bélicas e aquele "Anjo da Vitória" com a sua coroa de louros em homenagem à Liberdade, enfim conseguida como coroação das batalhas travadas com os espanhóis com o fim de Portugal se ter visto livre das pretensões de Castela ao reino de Portugal.

17 de Junho de 1665 assinala a batalha de Montes Claros, localidade situada perto da vila alentejana de Borba, onde se travou aquela peleja entre o 1º Marquês de Marialva, António Luìz de Menezes e o seu opositor espanhol Marquês de Caracena, que havia reunido tropas para ocupar a cidade de Lisboa no decorrer da Guerra da Restauração, assim conhecida nos anais da História de Portugal, porquanto, os espanhóis vencidos em 1640 não haviam deposto as armas e sonhavam voltar a dominar Portugal.

A batalha de Montes Claros foi o local escolhido para as tropas portuguesas esperarem o ataque espanhol que não contaram com e a determinação bélica do Conde de Marialva, que numa segunda carga, ao fim de sete horas de luta pôs em debandada Caracena que tomando o caminho de Juromenha alcançou Badajoz.

Esta batalha foi determinante na vitória de Portugal nas guerras com Castela, tendo levado a que três anos depois se tivesse assinado em Lisboa entre os dois reinos o Tratado de Paz de 1668.

O "Anjo da Vitória", obra belíssima da escultura clássica com a sua massa escultórica em bronze nasceu da arte do mestre Simões de Almeida para estar ali garbosamente exibido  desde 28 de Abril de 1886, ano da inauguração deste monumento, com a sua coroa de louros a enaltecer tão retumbante vitória das tropas portuguesas.

O "Anjo da Vitória" bem se pode dizer acompanhou em Montes Claros, António Luìz de Menezes, bem dentro daquele conceito ancestralmente conhecido e respeitado de que todos os homens têm o seu Anjo da Guarda desde a infância à morte para os proteger dos momento de dificuldades ao longo da vida.

Ali mesmo, na paragem do autocarro, tudo isto me veio à mente, para ir compondo um agradecimento muito particular ao meu "Anjo da Guarda" e dizer-lhe:

Meu Anjo da Guarda:

Continua a abrir as tuas asas e protege-me
até ao fim  da vida.

E, um dia, quando contares a Deus
o bem que me fizeste 
nos meus momentos de tristeza e  de derrota,
não te esqueças de lhe dizer o meu agradecimento
por ter com a tua ajuda vencido
os meus momentos de sombra.

2 comentários:

  1. Aproveitar os momentos difíceis desta forma...é um grande ensinamento. E a mensagem ao "Anjo da Guarda" é para lembrar...sempre. Arte e uma Alma enorme!

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