A morte, destino comum
E eu vi ainda, debaixo do Sol, a injustiça ocupar o lugar do
direito e a iniquidade ocupar o lugar da justiça.
Então eu disse em meu coração: «Deus julgará
o justo e o ímpio, pois há tempo para todas as coisas e tempo para todas as
obras.» E disse em meu coração acerca dos filhos dos homens: «Deus põe-nos à
prova, para lhes mostrar que, só por si, são semelhantes aos animais.
Porque é
o mesmo o destino dos filhos dos homens e o destino dos animais; um mesmo fim
os espera. Como a morte de um assim é a morte do outro. A ambos foi dado o
mesmo sopro, e o homem não tem qualquer vantagem sobre o animal, pois tudo é
ilusão.
Todos vão para um mesmo lugar. Todos saíram do pó e ao pó hão-de
voltar todos.
Quem sabe se o sopro de vida dos filhos dos homens subirá às
alturas, e o sopro de vida dos animais descerá ao fundo da terra? E reconheci
que não há felicidade maior para o homem do que alegrar-se com as suas obras.
Este é o quinhão que lhe toca. Pois quem o trará de volta para ver o que
acontecerá depois dele?»
Livro do Eclesiastes 3, 16-22
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