http://rr.sapo.pt/noticia/
...................................................................................
Não, Senhor Presidente da República.
Portugal não "está todo preparado" para os incêndios, porque o acidente de Monchique - que devia ter ficado circunscrito àquela região - já alastrou para Silves e Portimão, pelo que não bastam palavras, mesmo que estas sejam ditas pelo Presidente da República, é necessário muito mais e este muito mais é feito a jusante do problema com a ordenação do território que ainda não foi feita e, por isso, Portugal não "está todo preparado" porque o Estado ao nível dos executivos que vamos elegendo periodicamente, devia fazer disto um acordo de regime e levar a sério a floresta.
Por isso, penso eu, que o Senhor Presidente da República ao dizer o que disse, palavras que até parecem deviam pertencer ao chefe do executivo - porque é ele a quem cabe a responsabilidade de gerir a coisa pública - exorbitou, indo atrás do seu modo de falar de tudo, o que, convenhamos, começa a ser demais, pese, embora, o seu alinhamento com as causas do povo e, naturalmente, o desgaste físico que impõe a si mesmo.
Infelizmente, não tem razão.
Portugal não está ainda "todo preparado" porque tal desiderato - embora haja havido progressos - precisa de mais alguma coisa e isso, certamente, depois do desastre que está a acontecer naquela mancha verde do Algarve, vai aconselhar os homens públicos, os actuais que governam e os da oposição - e os demais que virão a seguir - a unirem esforços em prol do todo nacional representado pelo reflorestamento que urge pensar para os vários solos, devidamente cingidos à ordenação territorial com a construção de pequenas barragens e aceiros devidamente estudados para evitar a propagação dos fogos e sirvam de vias por onde possam passar os carros de bombeiros, sejam os solos do Estado ou de particulares.
Sem isto, nada feito e, portanto, chega de palavras... que palavras "leva-as o vento"...
Sem comentários:
Enviar um comentário