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sexta-feira, 15 de junho de 2018

"As Sete Fontes"


Fac-símile do Jornal "A Canção de Portugal" 
de 23 de Julho de 1916
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Ali, pelos lados do Turcifal, Torres Vedras - existe a Lenda das Sete Fontes - que conta que pela meia-noite do dia de São João, todo aquele que conseguir sair de uma das sete fontes e correr todas elas, tem a felicidade de desencantar a filha de um antigo rei Mouro que andou por ali a conquistar terras e que, querendo partir para novas conquistas, a filha que adorava aquele local pediu a um mágico que a encantasse, pois não queria acompanhar o pai na andança das guerras e era seu desejo ficar, tendo escolhido para morada a Serra do Socorro.

E diz a lenda que até hoje ninguém conseguiu quebrar o encanto!

Desconheço se o autor destas quadras populares se teria inspirado nesta lenda, mas que existem traços alegóricos, existem, como aquele: Vai cair a meia-noite (...) Vamos às fontes depressa / Que está a hora a passar... bem como a alusão a São João, que é o mais famoso dos três santos populares festejados no dia 24 de Junho, não só porque lhe coube a honra de ter baptizado Jesus e ser, por tradição o protector dos casados, que bem poderia ter levado o autor de AS SETE FONTES a terminar a última quadra a declarar que os seus desejos de amor estão contigo a noivar...

Suposições, sei eu... só não sei se terão sentido, mas sei que este mês de Junho, pela crença popular que não dispensa os três Santos - António, João e Pedro - é, pela sua beleza exaltada por tantos lados um tempo de amor profano profundamente enraizado no amor divino onde não falta o respeito humano que pode parecer frívolo, mas tem bem no fundo da alma a crença imaterial da fama de que gozam, ancestralmente, na alma do povo estes três Santos.

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