Gravura de o Jornal "O Xuão" de 15 de Setembro de 1908
A saga de Portugal continua hoje, tal como sugere a velha e sugestiva imagem de 1908.
Em cena, apenas quatro personagens.
- A do equilibrista, Portugal!
- A de dois políticos, na actualidade, Passos Coelho e António José Seguro - que de corda metida na garganta - sustêem, cada um a seu modo, a "corda bamba" do equilibrista, que um deles tenta fazer cair quanto mais depressa melhor, e o outro, teimoso "como um burro" faz o possível para manter o equilíbrio.
- A do povo, personificada em alguém, que de braços cruzados - já farto de ver tanta asneira, como a da "diferença insanável ", já só pode assistir ao triste espectáculo do equilibrista - Portugal - que parece estar a meio do caminho, mas sem ter a certeza de chegar ao fim, sem antes cair na almofada que a gravura representa e pode ser a a do "programa cautelar", que a meu ver. é mesmo almofada, enquanto a outra, a da "saída limpa à "irlandesa", pode não ser almofada nenhuma.
No programa "Negócios da Semana" da SIC Notícias, transmitido no dia 19 de Março e que contou com a presença do deputado social-democrata e vice-presidente da bancada do PSD Miguel
Frasquilho, Óscar Gaspar, questionado sobre se o PS quando for Governo repunha os salários, pensões e
prestações sociais ao nível de 2011, o actual conselheiro económico do lìder do PS, António José Seguro, respondeu: A resposta
séria é não. Nem os portugueses imaginariam, nem nunca ouviram do líder do PS
nenhuma proposta demagógica para voltarmos a 2011 porque não é possível. As
contas públicas portuguesas não o permitem.
Mas isto contraria o discurso demagógico do PS.
- Meu Deus, que "o rei vai nú"!
- E vai mesmo!
A propósito, se nos lembrarmos do célebre conto de Hans Christian Andersen, lembrar-nos-emos que havia um rei vaidoso que se deixou convencer por dois burlões de haver um tecido de tal modo especial, que vestido com ele o rei só era visível aos homens inteligentes.
Como ninguém, desde o rei ao mais simples dos seus cortesãos queria passar por estúpido e dizer que tal tecido não existia, o rei aquiesceu, deixou-se vestir e desfilou na parada real tal como veio ao mundo, mas sem ter contado coma sagacidade de uma criança que não se deixou enganar, porque olhava e via a realidade do que acontecia e alto e bom som, gritou:
- "o rei vai nú"!
A lição do conto de Andersen é a seguinte: pode o PS e António José Seguro vestirem-se com uma qualquer roupagem e querer, com ela - que é falsa - vestir os portugueses, porquanto, é tão dura a realidade que vivemos, que se expõem com o falso "tecido" com que se "vestem" - e nos querem vestir - a correr o risco, do povo, imitando a criança do conto, lhes dizer: "o rei vai nú!"
Óscar Gaspar, no tal programa da SIC provou isso mesmo.
Não vale continuar a enganar os portugueses, "vestindo-os" com o "tecido especial" do engano, porque, no momento não existe o tal "tecido especial"... ou melhor, ele existe para os que se deixam ir na cantiga do PS - que bem longe de se parecer com o rei vaidoso do conto - quer fazer do povo português uma amálgama de gente pouco esclarecida, querendo que ela se pareça com o rei que se deixou enganar pelos burlões de que nos fala o conto.de Andersen.
Não tenhamos ilusões.
Não nos deixemos enganar.
Voltar aos salários, pensões e prestações sociais de 2011 é uma ilusão, bem parecida com o traje do rei que desfilava ante o seu povo, julgando-se bem vestido... e, afinal, ia nú!
Sem comentários:
Enviar um comentário