Velho que sou, a minha idade permite-me o juízo de dizer por causa do epíteto que a classe política de esquerda arranjou - e de que é autor ardiloso o Partido Socialista (PS) em convénio com a imprensa que lhe é afecta, levando na onda os partidos que lhe garantem o poder, ainda que disfarçadamente - ao dar o nome de PRESIDENTE DOS AFECTOS ao actual Presidente da República, tendo-o feito a partir da sua relação iniludível com o povo.
Sinceramente, pesei desde sempre que foi um erro o Presidente da República ter-se deixado colar por demais à classe política que assim o apelidou, porque, um dia, podia chegar o tempo de ter de tomar decisões, sem hesitar, mas teriam de ser tomadas para bem de Portugal.
Permito-me, por isso, dizer que foi um erro político cometido pelo PR ao andar "de braço dado" tempo demais com o Partido Socialista, cujo expoente máximo se pôs em férias com Portugal, internamente, a precisar dele, o que levou o PR a tomar decisões "no limite das suas obrigações" - como ele disse - como prova a sua ida a Tancos e pedir que fossem apuradas responsabilidades "doa a quem doer", ou seja, sem excluir a instituição militar e o poder executivo da Nação.
O Presidente da República pode e deve ser o PRESIDENTE DOS AFECTOS - à semelhança do que foi o infeliz Rei D. Pedro V - mas sabendo que é assim eleito pelo povo comum, de quem se sabe é Amigo, ao ponto de ter afirmado, agora, desejar ir passar a Quadra do Natal com o povo sofredor de Pedrógão Grande.
No resto, aconselho - com a devida vénia - Sua Excelência, a manter uma maior distância com quem governa ou está na oposição, para ter com uns e com outros o mesmo comportamento distancial, sobretudo, com quem exerce o poder, porque há no povo que tanto o admira quem o tenha visto por demais colado ao poder executivo que neste momento - quanto a mim, por causa de um "alçapão" da lei constitucional - governa Portugal.
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